As terrras Indígenas estão entre as principais barreiras contra o avanço do desmatamento no Brasil, segundo MapBiomas. Nos últimos 30 anos, as terras indígenas perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas a perda foi de 20,6%. Levantamento concluiu que as terras indígenas contribuem para a preservação das florestas.
Dados mostram que a devastação entre 1990 e 2020 foi de 69 milhões de hectares, sendo que somente 1,1 milhão ocorreu nos territórios indígenas. Outros 47,2 milhões de hectares foram desmatados em áreas privadas.
“Os dados de satélite não deixam dúvidas que são os indígenas que estão retardando a destruição da floresta amazônica. Sem seus territórios, a floresta certamente estaria muito mais perto de seu ponto de inflexão a partir do qual ela deixa de prestar os serviços ambientais dos quais nossa agricultura, nossas indústrias e cidades dependem”, explica Tasso Azevedo, coordenador geral do MapBiomas.
As terras indígenas ocupam 13,9% do território brasileiro e contêm 109,7 milhões de hectares de vegetação nativa, que correspondem a 19,5% da vegetação nativa no Brasil em 2020.
As terras indígenas ocupam 13,9% do território brasileiro e contêm 109,7 milhões de hectares de vegetação nativa, que correspondem a 19,5% da vegetação nativa no Brasil em 2020. A perda de vegetação nativa no Brasil nos últimos 30 anos (1990-2020) foi de 69 milhões de hectares.
Apenas 1,1 milhão de hectares desmatados recai sobre essas áreas (territórios indígenas), o que equivale a 1,6% de toda a perda de vegetação nativa nos últimos 30 anos. Por outro lado, nas áreas privadas a perda de vegetação nativa chegou a 47,2 milhões de hectares, ou seja, 68,4% de toda a perda.
MapBiomas detectou desmatamento recorde em 2021. Apenas o Sistema Biogeográfico do Cerrado perdeu um Distrito Federal.
Os dados completos podem ser acessados no site do MapBiomas pelo link:
https://mapbiomas.org/terras-indigenas-contribuem-para-a-preservacao-das-florestas
