Matopiba registrou maior índice de área desmatada; essa fronteira agrícola compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia
O desmatamento no Cerrado registrou um aumento significativo de 60,5% em setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. As informações são do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), ligado ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e foram divulgadas nessa quinta-feira, 19.
O epicentro desse cenário alarmante é a região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a última fronteira agrícola do Cerrado no Brasil. Apenas no mês passado, essa área foi responsável pela destruição de 62,2 mil hectares de reservas nativas, o que equivale a cerca de 75% do desmatamento total no Cerrado.
“Enquanto outras regiões do Cerrado foram intensamente desmatadas no passado, a área do Matopiba vem sofrendo com um processo mais recente de ocupação. Considerada a última fronteira agrícola do Cerrado no país, é também a região que concentra as maiores taxas de desmatamento do bioma”, destaca Tarsila Andrade, pesquisadora do Ipam.
Dentre os estados, a Bahia lidera o ranking com o maior aumento no desmatamento. Nos primeiros meses de novembro deste ano, a Bahia viu 742 mil hectares de vegetação nativa dizimada, uma área seis vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro e representou um incremento de 20,6% em relação ao mesmo período de 2022.
No decorrer do mês passado, foram devastados 83 mil hectares de vegetação nativa, um contraste acentuado com os 32 mil hectares observados no mesmo mês do ano anterior. Esse aumento no desmatamento é ainda mais preocupante quando comparado a setembro de 2021, quando foi apresentado um crescimento impressionante de 242% no índice de devastação florestal.
Minas Gerais
Além do Matopiba, Minas Gerais também causou um aumento alarmante no desmatamento, com 5,3 mil hectares destruídos somente em setembro deste ano, marcando um aumento de 140% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Fonte: Desmatamento no Cerrado tem alta de 60,5% em setembro
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